CONHEÇA INGRID FECHINE E OS CAMINHOS QUE A LEVARAM A DOCÊNCIA

20/06/2023

Por: Antônio Moraes

Ingrid Farias Fechine, de 45 anos, é jornalista formada pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e natural do município de Campina Grande, localizado no agreste paraibano. Uma mulher mais reservada, gosta de viajar, estar em contato com a natureza, de ir à missa, costume que aprendeu com a avó materna, e de atividades culturais, como visitas a museus, cinema, teatros e parques.

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

A longa trajetória dela na docência tem início ainda muito jovem, quando ainda menina, muito comunicativa, escolhia brincar, no mundo do faz de conta, de que era professora. Além disso, gostava de aprender novos idiomas e foi autodidata ao começar a estudar francês, espanhol e italiano através dos livros e da música. Os pais e a avó materna sempre a apoiaram nesse sentido, comprando livros, discos, um violão e um rádio gravador.

Optou pelo curso de jornalismo sem muita dificuldade, já que sempre foi a única opção do coração dela. O que também a inspirou na escolha da profissão foi ter se interessado pelo trabalho dos jornalistas que cobriram a Guerra do Golfo. Em 1995 ingressou na universidade, no curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e formou-se em 1999. Os estudos e o jornalismo deram a Ingrid oportunidades únicas, como quando atuou profissionalmente na França e conheceu o então presidente francês, Nicolas Sarkozy e o ex-presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso.

Apesar de ter tido algumas oportunidades para atuar na prática do jornalismo quando concluiu o curso em julho de 1999, escolheu estudar para a seleção do mestrado e atuar como professora, unindo duas coisas que a interessavam desde criança: o jornalismo e a docência. O que a levou a tomar o rumo do campo da pesquisa, desde os 18 anos, foi a oportunidade de atuar nos programas de Iniciação Científica do PIBIC/CNPQ/UEPB, quando desenvolveu um projeto que trabalhava com TV e alunos de escolas públicas e privadas. Recorda que no primeiro ano como bolsista do PIBIC, em 1997, já escutava de colegas e dos professores: "Ingrid vai ser professora da UEPB".

Além de poder contar com o apoio dos familiares nessa escolha, pôde contar com o orientador, professor Severino Gomes e com o professor Cícero Agostinho (in memorian), que acreditou nela e a acompanhou durante a jornada, relembra emocionada. Foi esse apoio, o interesse imenso pela pesquisa e a fé em Deus que a impulsionaram a estudar sobre a temática das rendeiras da renda renascença da Paraíba, durante o Mestrado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba e sobre as rendeiras do Brasil e da França durante o Doutorado em Linguística também pela UFPB, em co-tutela com a Université Paris Quest Nanterre - La Défense.

Desde então, já atuou como professora de Espanhol em escolas privadas e cursos de idiomas, como professora substituta da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e de outras universidades particulares. Em 2008 também atuou na Radio France Internationale - RFI, quando ainda era doutoranda. Em 2012, já com o doutorado finalizado, foi que passou no concurso para o cargo de professora efetiva do Departamento de Comunicação Social da UEPB.

"É de onde vim, me formei e onde posso contribuir ainda mais com a formação de futuros jornalistas. Tenho colegas que foram meus professores e colegas que foram meus alunos", disse a professora. Fica evidente o orgulho que Ingrid sente em fazer parte do Curso de Jornalismo da UEPB quando fala que torce muito pelos alunos e se realiza também através das realizações deles. "Assim é a grande construção do conhecimento, do saber e do ser professora".

Há 7 anos a vida de Ingrid foi agraciada com o que, de acordo com ela, é um milagre de Deus, a filha Silvia Maria, que em todo esse tempo tem a acompanhado em todas as experiências de qualificação profissional. Sempre juntas, Silvia esteve com a mãe dos quatro meses até um ano e meio em Paris, quando Ingrid realizou o pós-doutorado e agora também, aos sete anos de idade, durante o segundo pós-doutorado na Sorbonne Université.

Ingrid foi Coordenadora do Curso de Comunicação Social (2013-2015) e faz parte do quadro de professores efetivos da UEPB, atuando no ensino, na pesquisa e na extensão. Atualmente, Ingrid é a única professora com dois pós-doutorados no Departamento de Comunicação Social, inclusive numa das universidades mais importantes do mundo que é a Sorbonne Université. A professora é pesquisadora do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) da Universidade do Algarve e líder do Grupo de Pesquisa "Comunicação, Memória e Cultura Popular" (UEPB/CNPq), contando com parcerias nacionais e internacionais, especialmente, na França e em Portugal.

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