Fernando Firmino e sua devoção pelo jornalismo

02/06/2023

Por: Ana Beatriz


Com 19 anos de experiência na Universidade Estadual da Paraíba, o professor, pesquisador, e também ex – aluno da instituição, Fernando Firmino é um jornalista experiente que traz consigo uma vasta gama de experiências em diversas áreas do jornalismo.

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Natural do interior de Pernambuco, mais precisamente da cidade de Santa Cruz do Capibaribe, Fernando Firmino Da Silva, quando criança era gazeteiro do Jornal do Comércio e hoje tornou-se um completo jornalista.

"Eu queria fazer o jornal. Eu não queria só entregar jornal."

O amor dele pelo rádio começou muito cedo, o primeiro estágio foi na Campina FM, porém todas as oportunidades de exercitar a profissão que chegavam até ele eram aproveitadas, ao decorrer da graduação ele foi levado a se aventurar também em outras áreas do jornalismo, incluindo, diagramação, assessoria de imprensa e mídias digitais,

Ainda mesmo sem estar na graduação, Firmino trabalhou em uma rádio de sua cidade no interior e assim cresceu ainda mais o desejo de ser radialista. Ele relata que desde menino sempre existiu o desejo de cursar jornalismo, e nunca hesitou ou pensou em algo diferente para a vida.

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Apesar das dificuldades enfrentadas ao sair da cidade natal para estudar, demonstrou profundo envolvimento e entusiasmo com a universidade e o curso. Ele participava de tudo, nunca perdia aula e vivia plenamente a experiência universitária.

"Até hoje, quando eu passo de frente ao curso do São José, eu confesso que meio que me arrepia ainda, porque eu tenho muita saudade do ambiente universitário".

Fernando destaca que as experiências formataram sua carreira e o tornaram o que é hoje. Como professor, ele considera que essas experiências são um diferencial, pois pode compartilhar com os alunos o conhecimento adquirido ao longo da trajetória. E para isso ele criou o projeto "Repórter Junino", na UEPB.O projeto é como uma redação para os alunos aprenderem na prática, onde ele exerce a função de editor, mantendo assim a relação também como jornalista na prática.

"Então, todas essas experiências foram fundamentais para o que eu sou hoje, para a minha visão de mundo como jornalista, para o que eu compreendo até como professor, de como deve ser a profissão, entender as tendências para onde é que o jornalismo vai".

Além de toda a trajetória e contribuição nos 50 anos do curso de jornalismo da UEPB, Fernando já foi professor do curso de pós-graduação na Universidade Federal da Paraíba, ganhou o Prêmio Freitas Nobre (INTERCOM - 2008) pela sua tese de doutorado e publicou livros com temáticas importantes no jornalismo.

Foi precursor nos estudos sobre jornalismo móvel, também ensinando tal modalidade na UEPB, tornando-se renomado na área por enfatizar que o consumo de notícias em dispositivos móveis seria usado no Brasil quanto no mundo, e os meios de comunicação deveriam inovar em termos de narrativas e modelos de negócios para se adaptar a essa tendência mesmo antes do jornalismo móvel se tornar febre. Após a longa jornada que ainda segue, diz que se encontrou como pesquisador, algo que nunca planejou viver na carreira.

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Fernando Firmino se encontra entre os 50 pesquisadores de destaque da Universidade Estadual da Paraíba, de acordo com o ranking internacional de pesquisadores de 2023 (Scientific Index 2023) . Ele se posiciona o 35º lugar no geral, além de conquistar o primeiro lugar em Ciências Sociais e Jornalismo.

Dentre as obras de Fernando, destaca-se o livro sobre jornalismo móvel, lançado em 2015 pela EDUFBA, que é um dos mais baixados no repositório de sua própria editora, somando aproximadamente 15 mil downloads. Ademais, a tese de doutorado é também amplamente citada.

Ao falar sobre futuro, Fernando menciona que almeja fazer um pós-doutorado, pois também diz que acredita que o curso em que leciona deve lutar por um curso de pós-graduação em mestrado para poder acolher os alunos que querem enveredar pelo mundo acadêmico ou profissional.

Ele enfatizou que é possível conciliar o trabalho acadêmico com o profissional e que isso enriquece muito o ensino. Afirmando que deseja avançar nas pesquisas para ajudar a mudar e alavancar ainda mais as experiências propostas aos estudantes no curso de jornalismo da UEPB, fazendo com que os eles venham a ter uma formação mais avançada e experimentar ferramentas que poderão ser aplicadas em suas futuras profissões.

Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

"A minha realidade é essa, é o curso de jornalismo. Então, quando eu quero mudar, não preciso mudar o mundo necessariamente. O meu mundo é esse aqui. Se eu mudar esse núcleo, que é das pessoas que eu tenho contato aqui, que é dos jornalistas, que é dos alunos, então isso já me traz uma certa satisfação".

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