Luís Adriano: Caminhada na vida acadêmica

Por: Nicoly Calixto

Relembrando a história com o sentimento de gratidão e de conquista, Luís Adriano, hoje professor da Universidade Estadual da Paraíba e escritor, conta como foi um jovem no início dos 20 anos, ainda imaturo, carregando consigo a certeza de querer cursar jornalismo, dentre diversas opções e dificuldades, perceber a necessidade de ir atrás do sonho. Em uma cidade nova, sem pais e amigos próximos, saindo da cidade natal, Garanhuns, em Pernambuco, para Campina Grande, onde encontrou acolhimento e hoje desempenha papel tão importante na vida universitária de tantos alunos. Durante a conversa repete inúmeras vezes o quanto no final essa escolha foi feliz.

"Tudo aconteceu da melhor forma para mim em Campina Grande. Através do curso de jornalismo fui vendo que [o curso] poderia se tornar um espaço para crescimento e desenvolvimento profissional. Tenho tudo vivo na memória, parece que foi ontem, sou muito grato e realizado, feliz pela escolha."

No caminhar da jornada no curso se deparou com inúmeras oportunidades e abraçou todas as que encontrava pelo caminho durante o processo. Seja de monitoria, projetos de extensão, trabalho de iniciação científica ou até mesmo editar uma revista que circulou comercialmente na cidade natal, dentre outros espaços que o curso oferecia. Poderiam existir milhares de dificuldades no decorrer, porém Luís Adriano buscava formas para enfrentar e não acabar sendo prejudicado.

"Eu via os problemas, mas eu não parava para observar eles, eu parava sempre para ir resolver as dificuldades que se apresentavam a mim. Se eu pagava uma disciplina de planejamento gráfico e tinha poucos computadores para uma turma de trinta alunos, depois que terminava a aula, eu buscava espaços para suprir as dificuldades".

O professor passou pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB em todas as instâncias, foi de aluno para assessor de imprensa, técnico administrativo, cursou a pós-graduação nela, atuou como professor substituto entre 2008 e 2011 e depois retornou como efetivo. Em um momento chega até citar um trecho de Gilberto Gil: "A Bahia já me deu régua e compasso", para ele, o jornalismo é isso.

Conta que tem viva a lembrança de uma das motivações para lecionar que veio através do olhar atento e de uma simples pergunta da professora Cássia Lobão (Também docente da UEPB): "Você já pensou em seguir a carreira acadêmica?". Após isso, começou a observar e ver as possibilidades que estavam diante de si. Mesmo tendo trabalhado em edição de impresso, assessoria de imprensa e propagandas institucionais, quando foi necessário escolher, a área acadêmica se mostrou um caminho mais satisfatório.

Luís Adriano, como professor, busca proximidade com os alunos. Se preocupa com cada um e em como auxiliar na jornada, transformando o curso em lar para que sintam o mesmo sentimento que ele pela universidade. Emocionado e transbordando o sentimento de felicidade, conta que:

"Voltar como professor, foi como voltar para casa...Eu chego em uma turma, é estar diante de mim, alunos que vão ser colegas de trabalho, que se tornam amigos. Estar aqui é voltar para casa".

No presente, o professor afirma que o sentimento que lhe representa é de gratidão, por todas as oportunidades que lhe foram apresentadas durante toda a trajetória nesses 23 anos de vida acadêmica, seja pelas produções, projetos de pesquisas publicados ou pela condição de hoje, como professor da universidade. Estar contribuindo com a formação de cada aluno e dar continuidade ao curso, pelos seus livros publicados: Antônio Nóbrega em paisagens (pós) armoriais: semeando, fertilizando e florescendo (2019) e Antônio Carlos Nóbrega em acordes e textos Armoriais (2011), por tudo.

"Não tem outra coisa a dizer, senão dizer que sou extremamente grato. De tudo isso que representa na minha vida. Gratidão!"