Robéria Nádia, a professora que forma professores

16/06/2023

Por: Ângela Silva

Robéria Nádia é Doutora em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), professora efetiva do Departamento de Comunicação e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores (PPGFP).  

Casada há 21 anos, mãe de três filhos e com quase 30 anos de carreira, a professora Robéria segue atuando em sala de aula na formação de novos jornalistas e na pós-graduação formando novos professores. Sobre o trabalho realizado em sala de aula, ela disse:

"É o lugar que eu me realizo, eu encontro a minha missão. É super importante para mim, conheço pessoas que me ensinam muito, troco muitas histórias e me encantam por suas lições de vida e trajetórias."

Infância e adolescência


Uma infância "feliz e prazerosa", assim relata Robéria Nádia Araújo Nascimento, filha de um ex-sargento militar, ela conta que teve uma criação rígida, mas totalmente pautada na afetividade e respeito com o próximo.

Com um sorriso no rosto Robéria disse: "Fui assim, aquela criança sempre em contato com as outras brincando na rua vivendo a infância com todos os seus percalços os seus desafios e sua poesia, fui muito feliz, tive uma infância muito feliz, com pais muito dedicados e presentes."

Alfabetizada por meio dos gibis, ela afirma que a sua criação e seu contato direto com as histórias em quadrinhos foram fundamentais para sua escrita fluente e para a formação infantil da professora.

Sobre um triste episódio durante a infância, a perda do seu irmão mais velho, ela conta "eu fiquei filha única", totalmente protegida pelos pais zelosos que temiam a perda e o afastamento. "Mas também a isso à essa criação zelosa, eu devo a minha responsabilidade, o meu comprometimento[…] Isso foi um aprendizado que tive com meu pai militar." Disse Robéria.


Vida Acadêmica


A carreira de Robéria iniciou no curso de Comunicação Social da UEPB, ela conta: "Logo no primeiro período de curso, eu encontrei um estágio no jornal que na época era Gazeta do Sertão, um jornal laboratório para os estudantes de jornalismo." Do cargo de estagiária, ela migrou para outras funções da redação como editora, editora-chefe e depois chefe de redação.

Sendo educada para o jornalismo impresso, dominante na época, Robéria assumiu: "Eu fui talhada no jornalismo impresso." Ela sempre foi muito preocupada com a escrita, levando como um fundamento na vida e uma prática que norteou as suas decisões.

"Não se tem uma boa escrita sem uma boa prática de leitura. Não se formam bons escritores, sem uma leitura que lhe dê respaldo, que lhe dê sustentação."

No terceiro período de Comunicação Social, a aluna, até então, se tornou monitora da disciplina que se chamava Fundamentos Científicos da Comunicação, e era ministrada pela professora Salete Vidal, atual chefe de departamento do curso. Robéria viu ali a sua primeira oportunidade como professora, "Essa trajetória foi fundamental para que eu decidisse ser professora da UEPB", contou Robéria.

Saindo da graduação em Comunicação Social, a comunicadora ingressou na especialização em Comunicação e Educação que durou um ano. Após a especialização, um concurso para professor efetivo na Universidade Estadual da Paraíba foi aberto e naquele contexto, sendo a professora mais jovem, com apenas 20 anos, ela foi selecionada e conta: "Só tinha uma vaga, lembro que era a disciplina de História da Arte, passei no concurso e isso me abriu novas portas para a instituição, então ingresso no curso de Comunicação Social como professora efetiva".

Após concluir o mestrado e doutorado, a doutora em Educação já começou a pensar que precisava trabalhar formando novos professores, mestres e doutores. Durante todo esse percurso Robéria formou a sua sustentação curricular para conseguir chegar a sua meta que era a pós-graduação.

Possuindo uma carreira bem alicerçada, estável e bem planejada, ela conta sobre a importância de trabalhar no Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores, onde é professora efetiva: "Eu acho fundamental a formação na pós-graduação porque a gente vive num país em que a educação é profundamente desacreditada e desvalorizada."

"Sou muito grata pela instituição que me formou, e hoje em dia ajudo a formar novos colegas docentes que também podem voltar para o ensino superior."

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